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quinta-feira, 20 de junho de 2013

SEJA BEM VINDA, VIDA!


"Um clássico que não foi escrito por Shakespeare, não é um um homem e uma mulher os personagens. A Julieta leva jeito de "Romeu" e o Romeu leva jeito pra "Julieta".

Confuso?

Totalmente confuso.

Mais vou contar o começo da história na visão do Romeu, somente o começo pois não tem e não teve final.

Não era uma festa muito menos uma sacada a primeira vez que avistei a Julieta, era um corrimão de escada.Lá estava ela acompanhada com o Romeu da vez.
Eu encarei sem saber o porque meu olhar se voltou pra ela, podia soar pra ela como curiosidade da minha parte pois se tratava de duas mulheres juntas, mais não era o caso.Foi apenas o primeiro olhar.

Depois daquele episódio continuei a vida normalmente até porque estava em um momento NORMAL da minha vida.

- Oi, você sabe da Débora?

Beijo no rosto, falei meu nome e descobri o seu.

-Nossa faz tempo que não à vejo.

Primeiro Ato : eu prestei a atenção no timbre da sua voz tão meiga e suave.
Eu apenas me lembro das cenas em que eu senti alguma coisa, mesmo sem saber o que ao certo sentia.

Segundo Ato : Uma sala vazia, escura e um ataque de risos. Porque rimos? Nervoso demais.

Terceiro Ato : Uma sessão de fotos que eu guardo até hoje.

Quarto Ato : Perguntei sobre ela.Senti falta, ela sumiu um tempo.

Quinto Ato : Ela nervosa contando do ataque "terrorista" no ônibus que estava.

Sexto Ato : Depois de uma conversa sobre intimidade, me pego mandando vários torpedos pedindo desculpa.Senti que havia magoado e aquilo me incomodou muito.

Sétimo Ato : Inconscientemente me aconcheguei nos seus braços na cama, ao abrir os olhos comecei a entender..acreditar....

É diferente de um jogo de tabuleiro....é um conto, aqueles com um FELIZES PARA SEMPRE bem grande no rodapé..."


( Texto - L. Lopes)


SIM..EXISTE pessoas que escrevem nossas vidas em estilo 'conto de fadas'..pena que insisto em viver amores tão rasos e sempre abrindo mão de possíveis finais felizes.

NUNCA terá, desculpas o bastante, para tantos corações já partidos. Deve ser por isso que o meu também foi, Lei da Atração.. A gente recebe exatamente o que jogamos ao Universo..

POR ISSO, daqui em diante, JOGO MINHA SORTE e a coragem de viver novos amores, novos contos de fadas. Dessa vez sem medos, inseguranças ou auto-estima baixa.

Não tenha vergonha de rever suas escolhas "mal pensadas", TENHA VERGONHA DE NÃO TENTAR, DA COVARDIA, DO 'QUASE'..



SEJA BEM VINDA, VIDA!



"Taylor Swift - Love Story"
( Trilha Sonora do Texto..rs Obrigada! )

:)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Quem cala consente..


Diz o povo que “quem cala consente”, porque a falta de resposta ou de reacção dá ao outro espaço para decidir e agir a seu belo prazer.
Sinônimo de consentimento, silenciar significa demitir-se de agir no momento adequado, porque na maioria dos casos, quem não toma posição perante decisões ou opiniões com as quais não concorda, é o primeiro a murmurar o seu desagrado, quando já nada se pode fazer. Afinal, há muita raiva e muita mágoa escondida por detrás do silêncio. Há muita revolta e oposição engolida, em palavras não ditas.
Mas, quem é que está disponível para “comprar uma briga” ou uma contenda? É muito mais fácil calar. Um bom remédio para engolir uma opinião contrária, é deixar passar a vontade de reagir. Há quem diga que o tempo tudo “cura” e até faz mudar de opinião. Quem sabe, amanhã até acabamos por concordar!
Quem cala consente, ou não sente o suficiente para reagir. Porque, quando não se fala não é apenas a voz que se silencia, é a alma que se abafa. E se a alma se ressente então é porque o que está em causa são princípios, valores.
É a este nível que o silêncio pode ser comprometedor e sinónimo de paz podre, porque ausência de ética e de princípios.
Ser membro activo de uma sociedade não é entregar um cheque em branco aos políticos, aos chefes das empresas, aos professores ou mesmo aos pais, como se o facto de terem sido escolhidos ou ocuparem um determinado lugar lhes concedesse o poder de tudo decidir pelos outros.
Em democracia, o facto de, por exemplo, se poder escolher um presidente de governo ou de câmara, não significa que os cidadãos se demitam de dar opinião ou de reagir às suas decisões erradas. Seja através das organizações de trabalhadores, de associações, ou simplesmente como cidadãos conscientes, em democracia todos têm o direito e, sobretudo, o dever de estar atentos ao modo como os responsáveis pela governação, pela educação, ou por qualquer outra área de influência, se apropriam do poder que lhes foi concedido.
Se não concordamos, porque o que está em causa são princípios, então silenciar é demitir-se do dever de cidadania, ou seja, do dever de participar na vida da comunidade a que se pertence. E, demitir-se hoje, é comprometer o amanhã.
Em muitas áreas é cada vez mais usual chamar os cidadãos para que se pronunciem sobre políticas públicas: ouvem-se as famílias que são realojadas num programa de habitação social, os beneficiários que são objecto de uma medida de protecção social, os utentes que utilizam um serviço público, os consumidores que frequentam estabelecimentos comerciais. O “livro de reclamações”, presente em todos os estabelecimentos, é um dever de quem serve a comunidade e um direito que assiste a cada cidadão, para poder reagir ao que não concorda ou sugerir melhorias na prestação de serviços.
Mas, onde fica o livro de reclamações que permite registar opiniões contrárias a obras despropositadas que ofendem a história da comunidade, alteram o quotidiano e comprometem as referências dos seus habitantes? Perante “factos consumados”, muitas vezes, o cidadão acaba por calar a voz a que tem direito. Murmura pelos cantos um descontentamento, que o tempo acabará por diluir numa memória desvanecida, ou, por exemplo, preso no trânsito caótico de uma cidade esventrada, descarrega sobre o condutor da frente, a discórdia que não verbaliza publicamente.
Quem cala, consente que o futuro que terá amanhã não tenha nada a ver com aquele que sonha hoje.
Tens razão, mas “paciência”! É a vida!


(Publicado no Açoriano Oriental - 29 de Outubro 2007)